sábado, 8 de março de 2014

RIO JACUÍ, SAINDO DO PORTO LAMBARI

Descendo a escada para água


A chuva parou na madrugada e, de manhã, eu puxei o caiaque até o portão. Com a proa para a frente deixei  ele deslizar escada abaixo. Segurava apenas na alça da popa e assim o caiaque chegou na água.  

Subi mais vezes a escada até que havia trazido e colocado todas as tralhas no caiaque usando duas sacolas na tecido de alças compridas para altura dos ombros. Achei que facilitaram bastante no transporte das tralhas por terra uma vez que, se fosse uma grande, o peso de tudo dificultaria para carregar.

Começava o segundo dia remando naquelas águas lisas da manhã e o caiaque navegava na mais imensa paz. Com uma hora de remada descobrir uma praiazinha onde tirei o colete e entrei na água para um banho com bastante sabonete. A temperatura da água estava no ponto certo. Dava vontade de ficar mais tempo. Depois de um perfume vesti uma camiseta ainda com cheirinho de lavanderia, o colete e retomei à remada. Parecia ter entrado em um ambiente climatizado.

Seguia meus apontamentos e quando passava em frente dos canais do delta, próximo a Monte Alegre e ouvi um trovoada que parecia perto dali. Olhei por cima do ombro e vi que estava se aproximando um temporal. Segui remando e encontrei uma moradia onde fiz uma parada para me proteger o caso o mundo desabasse em chuva e relâmpagos.

Eram duas casas de madeira e uma grande placa dizendo a quem elas pertencem e, como também mencionava "amigos", fui chegando e aproveitei para preparar meu almoço. A chuva passou ao lado e eu segui viagem. depois de almoçar. 

Logo adiante o rio faz uma curva para direita e, ao alado esquerdo, muitos barcos pescavam apoitados em frente a um paredão de pedras. O calor estava  forte e remava bem perto da margem e fotografei uma sequência de uma pata voltando para chamar três patinhos que ficaram para trás. Juntou os patinhos atrasados com os da frente e seguiu comandando a turma.

Estava navegando na costa do balneário Monte Alegre e não encontrava um lugar que pudesse descer, então continuei até a ponta mais ao Sul onde tem uma praia de areias que eu já conhecia. O mesmo lugar que eu havia acampado noutra remada. Era meio dia e a chuva começava cair.

Deixei o caiaque na praia e fui tomar um refrigerante na lanchonete. No caminho vi que uns campistas faziam churrasco sem proteção da chuva e emprestei uma lona.

Resolvi permanecer no camping até o dia seguinte já que a chuva caiu forte e parecia que não ia parar tão cedo. Quando a chuva deu uma trégua, montei acampamento. 
















































































A remada desse dia rendeu apenas uns 20km e o tempo melhorou embora se via sinais de temporais de todo lado. Cheguei pensar que podia ter seguido adiante mas, me confortei, depois de saborear um belo hambúrguer na lanchonete e cair na cama.


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Um comentário:

Luiz Felipe Sirio Flores disse...

Excelentes fotos!
Da para ver como o caiaque nos aproxima na natureza, na maioria das vezes não espanta nem os pássaros.

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