Bolicho Veio em baixo d'água
Queria sair com o caiaque e resolvi ir até Morretes ver como estava o amigo Bicho Veio se vendo com a enchente. Fazia muito tempo que não remava por lá e quando me aproximei do bolicho, antes da curva, eu o encontrei no caminho. Tinha vindo com um caíco pois, a altura da água ainda estava quase um metro, mesmo depois de três dias sem chover. Ele conversava com um vizinho dali e já arranjou onde guardar o meu carro. Dali mesmo, sobre asfalto, saí remando na direção do rio.
Depois virei para os alagados da margem esquerda e a remada ficou mais fácil e eu navegava apreciando os banhados, maricás, corticeiras, casinhas de joão-de-barro, etc....
Fui me afastando do leito do rio e me embrenhando nos alagados. Ao longe, percebi a movimentação de um grupo de animais que pensei se tratar de capivaras. Talvez, porque ficou ressoando o palpite do Bicho Veio de encontrar alguma capivara. Chegando mais perto vi que se tratava de uma grande família de ratões do banhado.
Aos poucos foram se jogando mas, teve um filhote que parecia não se preocupar muito com minha presença e, então, veio a "mãezona" lhe apressar para entrar na água. Sumiram nas macegas.
Um acampamento onde tinha três cachorros que uivavam muito caminhando dentro da água. Quando voltei pelo rio, fiz uma foto à distância. |
Voltando para o leito do rio. |
Água chegando no telhado. |
Voltando para os alagados.
Navegando por trás das árvores do que seria a mata ciliar onde passa uma estrada. |
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Árvore solitária em meio a lavoura encoberta. |
Retornando pelo leito do rio e deixando a correnteza levar o barco.
Casa flutuante. |
Saindo do leito do rio e voltando para os alagados, por trás da mata ciliar.
Um dos poucos lugares fora da água e essa tartaruga estava desovando, o que é muito difícil de se ver.
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Voltando pelo bolicho com a casa nova do Bicho Veio, um pouco mais alta que a antiga.
Terminando a remada neste ponto.
O leme de aço inox fazia barulho arrastando no asfalto e, como não tem controle de recolhimento, o jeito é descer para recolher com a mão. Depois, levar o barco na ponta do remo até onde der calado, colocá-lo no ombro e ir até o carro.
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O leme de aço inox fazia barulho arrastando no asfalto e, como não tem controle de recolhimento, o jeito é descer para recolher com a mão. Depois, levar o barco na ponta do remo até onde der calado, colocá-lo no ombro e ir até o carro.
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3 comentários:
Que beleza de remada, Germano! É uma sensação diferente ver lugares conhecidos completamente modificados pela presença da água. Seria interessante colocares uma imagem do Google onde apareça o nível "normal" da água e o trajeto por onde passaste nessa remada. Tens ideia de quantos centímetros a mais estava o nível da água?
Gostei da família de ratões, que legal ver que a natureza ainda resiste, apesar de todas as agressões ao ambiente. Abração!
Valeu Leonardo.
O que posso dizer de uma remada solo é que ela serve para gente botar a cabeça em ordem. Mas, esse "individualismo" perde sentido quando se dá conta que, na verdade, seria muito bom ter todos os parceiros navegando junto.
Já passamos muitas vezes pelo leito do rio e ontem descobri aqueles banhados em tempo de enchente. Embora a cheia traga vários problemas, para nós e nossos caiaques, ela propicia momentos de beleza da tão maltratada natureza.
Quanto a uma imagem do local fica difícil lembrar o caminho percorrido pois, não são muitos pontos de referência e as imagens do Google não são atualizadas. O ideal mesmo seria ter junto um GPS.
Deixo como sugestão marcarmos uma caiacada nesses alagados para descobrirmos vários outros caminhos que ainda podemos navegar.
Abraço a todos.
Muito bom Germano!
Ficaram ótimas as fotos desse lugar especial,
deu para sentir a enchente e a natureza... parabéns!
saudações, Alberto Blank
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